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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Flagrando o aparelhamento petista na internet

Fonte: IMIL

Como já avisou Reinaldo Azevedo, o PT aparelha até velório, o que foi muito bem demonstrado quando da morte de Leonel Brizola. Recentemente, provei que até jornal de bairro é usado na satanização de tucanos e na falsificação da história recente do país. O meu último texto mostrou também como o jornalismo filopetista, mesmo aquele dos jornaizinhos de bairro, se dedica a acusar os outros de fazer o que o PT faz (no caso, aparelhar blogs de notícias com internautas de aluguel). As estratégias usadas são identificáveis por algumas frases feitas repetidas à exaustão, mas que variam conforme o teor do texto ou veículo que se deseja desqualificar. Aqui está um guia sucinto dessas frases, dividido em dois grupos:

Quando a revista, jornal ou site critica o PT, dizem o seguinte:

“Esse veículo é tucano!”.
“Cadê a sua isenção?”.
“Deixe de ser parcial” (muitas vezes, usam a palavra “imparcial” com o sentido de “parcial”).
“Você não vai falar nada do partido X ou do escândalo Y? Só do PT?”
Já quando alguém critica o aparelhamento da imprensa pelo PT, os comentários dizem isto:
“E a liberdade de expressão?”.
“Está defendo a censura? Quer a volta da ditadura?”.
“Por que não fazem um jornal para defenderem seus pontos de vista?”.
“Isso é uma teoria conspiratória ridícula. Não merece ser levado a sério”.

Mas há também casos em que as duas estratégias são usadas para desqualificar um mesmo veículo ou texto, embora os dois grupos de frases sejam contraditórios entre si. Caso alguém tenha dúvidas quanto a isso, basta ler os comentários aos meus dois artigos anteriores. E é interessante lembrar como o anonimato dos comentários ou uso de apelidos torna possível que uma mesma pessoa use as duas estratégias simultaneamente sem ser acusada de incoerência ou de hipocrisia.

Mas é verdade que alguns “comentaristas” até tentam sair do terreno das frases feitas para tecer argumentos. Uma dessas tentativas está num comentário ao meu texto anterior. Ele afirma que o jornalzinho “copiou um jogo [de palavras cruzadas] já publicado em outro meio sem atentar para a defasagem temporal. A publicação original, certamente, deu-se no período do Governo Fernando Henrique”. Ora, isso apenas prova que a ridícula partidarização de palavras cruzadas já vem ocorrendo há muitos anos, reforçando o que escrevi sobre aparelhamento.

Quanto à suposta desatenção do jornalzinho quanto à “defasagem temporal”, note-se que o argumento só faria sentido se o viés partidário não estivesse presente ao longo de toda a publicação. Mas eu citei várias passagens literais de artigos escritos no jornal para demonstrar que as palavras cruzadas eram apenas a cereja em cima do bolo, já que quase todo o espaço dedicado à política na publicação tinha teor unilateral e partidário.

E o autor do comentário pensou haver um jogo de palavras no final do meu artigo, pois achou que a palavra “resposta” se referia às cruzadas. Se soubesse ler e/ou não estivesse tentando desviar a atenção do principal, veria que essa palavra se refere diretamente ás perguntas que eu havia feito nos dois parágrafos anteriores, dentre as quais destaco esta: “Por que um jornal de bairro dá tanta importância à política, especialmente em nível estadual, nacional e até internacional?”.

Bem, um outro comentário feito ao meu texto informa que o Jornal Água Verde não é a única publicação gratuita usada para malhar tucanos, pois o mesmo ocorre em São Paulo. Nenhum comentarista gostaria de arriscar uma resposta para a minha pergunta?

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